Tribuna Livre aborda sobre cemitérios e atendimento a pessoas com fibromialgia
A Tribuna Livre foi utilizada na Reunião Plenária da última quinta-feira (10) por dois cidadãos: Aleonora Pena Patrocínio fez críticas quanto ao atendimento aos portadores de fibromialgia nos serviços públicos e o representante da funerária Santa Casa, Rafael Cassio Corcini Campos, esclareceu dados sobre os serviços funerários prestados e a situação atual dos cemitérios municipais.
Atendimento aos portadores de fibromialgia
Aleonora explicou sobre os sintomas e as dificuldades dos portadores de fibromialgia. Também questionou sobre a diferença de atendimento entre os Postos de Saúde da Família (PSF) do bairro Sagrado Coração de Jesus e do Centro, relatando a ausência de fisioterapeutas e agentes de saúde no PSF Central.
“Já tem vários projetos para que os portadores de fibromialgia sejam reconhecidos com PCD (Pessoas Com Deficiência). Porque através desse direito, pessoas que não têm renda vão ter mais acesso ao LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social), pelo menos para poder amenizar um pouco o sofrimento”.
A cidadã ainda mencionou a falta de informação dos trabalhadores da Prefeitura quanto à fibromialgia e outras doenças que são acarretadas por essa patologia. “Através da fibromialgia vem a depressão, vem a ansiedade. O número de suicídios de portadores de fibromialgia aumentou muito no Brasil”, acrescentou.
Aleonora comentou que a dor é algo invisível e por isso solicitou que a Câmara faça uma lei que regularize os atendimentos aos portadores de fibromialgia. “Pedir ajuda de vocês para que seja feita uma lei em prol do tratamento, para esses portadores da doença crônica. Porque as vezes é um fisioterapeuta, as vezes é um psicólogo e a pessoa sofre quando ela tem que encarar que a vida dela mudou”.
Os parlamentares fizeram questionamentos e pontuações sobre o assunto e disseram que tomarão providências para que a Lei Estadual nº 24.031/2022, que dispõe sobre o atendimento das pessoas com fibromialgia, seja aplicada no Município.
Serviços funerários e cemitérios
O representante da funerária Santa Casa, Rafael Cassio Corcini Campos, explicou que há 35 anos a empresa de sua família presta serviços funerários para Ponte Nova. Ele também disse que o único cemitério que possui vagas no Município é o cemitério Parque Mirante da Paz, de propriedade da empresa. Além disso, ele esclareceu a diferença entre exumação e sepultamento.
“Exumação é toda retirada dos restos mortais de uma sepultura, de uma gaveta, para que se possa enterrar uma nova pessoa. Isso não tem nada a ver com sepultamento. Sepultamento é você sepultar a pessoa”.
Após esclarecer sobre a diferença entre as taxas de sepultamento e exumação, Rafael explicou a motivação do aumento do valor da taxa de sepultamento, que ocorreu em janeiro deste ano.
“Por muitos anos ficou vigorando aqui em Ponte Nova uma lei que colocava a taxa de sepultamento no valor de R$ 70, sem nunca ter sido reajustada. Essa lei, com esse valor, não cobre nem um décimo dos custos de um cemitério”.
Devido à falta de espaço para sepultamentos, Rafael disse que está em contato com a Prefeitura para ceder um espaço no cemitério particular, Parque Mirante da Paz, para a construção de jazigos públicos. “Eu acredito que com um pouco de boa vontade, é possível que todo mundo seja beneficiado”.
Rafael pediu para que os vereadores apurem com cautela as informações ao falarem em Plenário sobre o assunto. “Os senhores têm uma responsabilidade muito grande, quando vocês representam o povo. E tudo que vocês fazem aqui em cima repercute. Vocês representam pessoas que acreditam nos seus ideais, acreditam nos seus valores, e para muitas dessas pessoas, tudo que vocês falam é verdade absoluta”.
Os vereadores fizeram considerações sobre o assunto e convidaram Rafael para o prosseguimento da discussão sobre esse tema.
O vídeo da Reunião Plenária do dia 10 de agosto está disponível na página da Câmara no Facebook e no canal no YouTube.
*Texto redigido pela estagiária Melissa Castro sob a supervisão da Divisão de Comunicação