Servidora da Prefeitura cobra por Plano de Carreira da classe na Tribuna Livre

por Divisão de Comunicação — publicado 26/08/2024 18h13, última modificação 26/08/2024 18h13
Denise Silva defendeu a implementação do Plano para todos os servidores municipais

A Tribuna Livre da Reunião Plenária da última quinta-feira (22) foi utilizada pela servidora pública e jornalista Denise Silva. A participante usou o espaço para cobrar pela criação e implementação do Plano de Carreira para todos os servidores da Prefeitura de Ponte Nova.

“Um absurdo Ponte Nova, a Prefeitura, maior empregadora do Município, você não ter um Plano de Carreira. E quando se conquista isso, muito tardiamente, por quê? Porque nós temos um passivo aí muito grande disso tudo. O maior empregador. Nós somos o polo da suinocultura, nós somos o polo do leite, nós somos polo, cidade referência na saúde, e como é que fica o funcionário da Prefeitura? Nós que movemos essa Cidade”, disse.

Denise fez críticas à aprovação do Plano de Carreira dos profissionais do Magistério, que aconteceu em abril. “Ficamos também extremamente decepcionados com a postura de alguns vereadores também quando se aprova separado um Plano de Carreira. [...] Tanto o professor quanto o chão de fábrica da Prefeitura, o meu colega que está no PSF, o meu colega que está limpando a rua, o meu colega que está no balcão de secretaria, têm que ser contemplados”, frisou.

 A participante da Tribuna cobrou por respeito e argumentou que o Plano visa a dar perspectiva de progressão aos servidores. “É inadmissível a gente não ter um Plano de Carreira. Gente, a gente precisa de respeito, o servidor. Respeito! Nós estamos ganhando uma miséria! [...] O Plano de Carreira é muito mais que o aumento que a gente vai ter direito por ano, é a gente ter perspectiva de carreira”.

A servidora ainda afirmou que os colegas passam por dificuldades financeiras devido à baixa remuneração proporcionada pelo Poder Executivo. “Estamos, hoje, enforcados na carta margem que a Prefeitura oferece. Nós não temos um plano de saúde – a gente tem, hoje, pelo Sindicato, um desconto menor – mas, hoje, nós estamos com ‘pires na mão’, senhores vereadores. [...] A coisa só piora. Nossas férias-prêmio foram cortadas por causa de um Decreto – nós trabalhamos a pandemia inteira e não tivemos direito –, não temos direito a quinquênio”, lembrou.

Concurso

Denise também requereu a realização de concurso público pelo Município para a oferta de vagas em diferentes áreas. “A gente precisa de concursos na área. Eu sou jornalista formada numa universidade federal, então eu tenho que ter direito a uma reserva de vaga também, né? [...] Tem prefeituras, hoje, menores, que já têm concurso para a área de Comunicação”.

Por fim, Denise criticou o que chamou de apadrinhamento em relação às nomeações para cargos de confiança na Administração Pública. “A gente tem muito servidor competente. E justamente por ser concursado e não puxar saco é digno de nunca conseguir chegar a um cargo de chefia. [...] Esse apadrinhamento, gente, tem que ter um limite. Entendeu? Porque, hoje, chega [gente] que vai ficar lá três anos e quer mostrar serviço para prefeito e maltrata e maltrata, mesmo”, disse.

Os vereadores agradeceram a presença da participante da Tribuna e parabenizaram pela cobrança apresentada. Destacaram que o Plano de Carreira da Educação foi conquistado porque a área possui orçamento próprio, mas ressaltaram que todos os servidores merecem tê-lo. Além disso, lembraram que o Plano precisa ser apresentado pelo Poder Executivo, e não pelo Legislativo.

O vídeo da Reunião Plenária do dia 22 de agosto está disponível no canal da Câmara no YouTube.

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