Servidor cita problemas que impactam na qualidade da pavimentação das ruas de PN

por Mateus Pires publicado 15/12/2021 16h26, última modificação 15/12/2021 16h26
O servidor da Secretaria de Obras, Leonardo José Lopes, disse que a falta de mão de obra qualificada para o reparo da pavimentação e o trânsito de veículos pesados estão entre os fatores que prejudicam as vias
Servidor cita problemas que impactam na qualidade da pavimentação das ruas de PN

Leonardo durante a participação na Tribuna Livre da Câmara em 10/12/2021 | Imagem: Mateus Dias/Câmara de Ponte Nova

Falta de mão de obra qualificada e de preparo do terreno, trânsito de veículos pesados e até a qualidade da matéria-prima do asfalto são alguns dos fatores que podem explicar a qualidade do pavimento das ruas de Ponte Nova. A análise é do servidor da Secretaria Municipal de Obras (SEMOB), Leonardo José Lopes, que falou sobre o assunto na Tribuna Livre da Reunião Plenária da última sexta-feira (10).

Leonardo disse que trabalha no setor de pavimentação há 17 anos e que ao longo do tempo acumulou conhecimentos sobre a área. Por conta das diversas reclamações a respeito da presença de muitos buracos nas vias do município, o servidor explicou como ocorre o serviço de asfaltamento e reparo do calçamento. “A gente vem apanhando muito na questão dos buracos, condições das vias de Ponte Nova e demais ocasiões”, relatou.

O servidor destacou que o setor carece de funcionários e também de mão de obra qualificada. Segundo Leonardo, quando o serviço de pavimentação passou a ser ofertado pelo município, eram 12 profissionais em atuação. Hoje, são apenas quatro, sendo que metade não possui longa experiência com o manuseio de asfalto.

“A usina que a gente tem hoje no município é uma usina 10 20. O que é isso? É uma usina que produz, no mínimo, 10 toneladas e máximo de 20 toneladas hora. Para você iniciar a produção de asfalto, para termos um caminhão carregado com 15 toneladas às sete horas da manhã, essa usina tem que iniciar o trabalho dela às duas horas da madrugada. [...] Isso com o material agregado brita, pó de pedra a três por cento de umidade. Como que hoje, período de chuva, uma pedreira vai entregar para nós um material seco? É inviável, não tem como”, disse.

De acordo com Leonardo, as ruas de Ponte Nova não foram planejadas para suportar o trânsito de veículos de elevado peso, o que prejudica consideravelmente a pavimentação existente. “Antigamente, os caminhões eram no máximo 20 toneladas. Hoje, caminhões passam aqui com quase 60. Em nenhum município na nossa região foi engenhadas estradas para essa carga”.

O participante explicou que as ruas precisam ser planejadas a partir do terreno onde é construída. “Um exemplo simples: se você vai construir uma casa de um andar, você faz uma base. Para três, quatro andares, a sua base tem que ser mais reforçada. A mesma coisa serve para o asfalto”, comparou.

“Na minha humilde opinião, o que mais está atrasando o nosso lado da pavimentação é falta de mão de obra qualificada”, finalizou.

Após a explanação do participante, os vereadores comentaram sobre o assunto, apresentaram questionamentos, tiraram dúvidas e agradeceram a manifestação do Leonardo na Tribuna Livre.

O vídeo da Reunião Plenária do dia 10 de dezembro está disponível na página da Câmara no Facebook e no canal no YouTube.

A Tribuna Livre é um espaço destinado à população durante a reunião plenária. A participação acontece mediante inscrição prévia, via formulário eletrônico. Informações (31) 3819-3250.

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