Secretário de Meio Ambiente participa da Tribuna Livre e aborda mudanças na Praça Dom Helvécio

por Imprensa — publicado 08/02/2019 14h25, última modificação 27/08/2020 15h04
Polêmica quanto à retirada dos ipês e sugestões para melhoria no trânsito

 Diversos questionamento foram feitos ao secretário municipal de Meio Ambiente, Bruno do Carmo, durante sua participação na Tribuna Livre, na reunião plenária de 7 de fevereiro. Ele falou sobre os investimentos previstos para manutenção, conservação e lazer no Parque Natural Municipal Tancredo Neves (Parque Passa Cinco) e as mudanças na Praça Dom Helvécio, o que sido motivo de questionamentos da população. 

Quanto às mudanças na Praça Dom Helvécio, o secretário justificou que a proposta da Prefeitura é reduzir a rotatória para dar maior fluidez ao trânsito, principalmente, aos veículos de grande porte que passam pelo município. O assunto gerou polêmica na população, uma vez que, para tal obra, deverão ser retirados os três ipês (dois roxos e um amarelo) existentes na praça. 
 Os vereadores questionaram sobre o transplante dos ipês tendo em vista o alto custo e a possibilidade de perda das árvores; o pequeno número de ocorrências de acidentes no local que não justifica sua redução; investimentos na mobilidade urbana, principalmente, no que tange a proibição do tráfego de veículos pesados dentro do município e a construção do Anel Rodoviário; a atuação do Demutran que, segundo gravação de seu diretor, Lucas Maciel, o pedido para a diminuição da rotatória não partiu do Departamento e a possibilidade de redução de estacionamento no entorno. Além disso, foi levado em conta o risco de acidentes que a mudança poderá acarretar caso a rotatória torne-se uma praça.
O secretário Bruno explicou que, em 6 de fevereiro, uma comitiva da Prefeitura de Ponte Nova reuniu-se com o Ministério Público (MP), encaminhando à Promotoria de Justiça a documentação referente ao procedimento de corte/transplante das árvores; que a Prefeitura trabalha em prol do meio ambiente e que, na hipótese de corte ou transplante dos ipês, haverá compensação ambiental. 
No início do mês, um grupo de pessoas fizeram um abraço simbólico na praça protestando quanto à retirada dos ipês, havendo ainda denúncia no MP contra o procedimento. Os vereadores também apontaram a importância do diálogo e de esclarecimentos à população e salientaram a falta da apresentação de um projeto que comprove a necessidade da obra.
Passa Cinco
Quanto ao Parque Passa Cinco, o secretário Bruno ressaltou ações de conscientização nas escolas, combate ao descarte irregular de lixo e entulho, ao vandalismo, necessidade de cercamento das entradas para o Parque e, principalmente, investimentos na segurança a fim de que o local volte a ser utilizado, futuramente, como área de lazer. Parcerias também estão sendo buscadas desde o ano passado quando o secretário esteve no Instituto Semeia, em São Paulo (SP) para conhecer o projeto e analisar a viabilidade de trazê-lo a Ponte Nova.
O Instituto é financiado pela empresa Natura e tem o objetivo de fomentar à estruturação dos parques municipais, estaduais e nacionais por meio da parceria público-privada. “Além disso, a Secretaria de Meio Ambiente buscando conseguir retorno, reestruturou o ‘Programa de Adoção de Praça’ e inseriu o Parque como possibilidade para ser adotado”, disse o secretário, explicando que o investimento giraria em torno de R$30 mil/ mês e auxiliaria, pelo menos, na questão da segurança.
A Semam também fez parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para que haja compensação ambiental em cerca de 50 hectares de área degrada do Parque e, sobre o ICMS Ecológico, o secretário Bruno disse que o município já se cadastrou com o objetivo maior de seguir com a metodologia do Plano de Manejo e desenvolvimento do Parque.
Os vereadores salientaram a importância do Parque Passa Cinco, assim como a prevenção de incêndios, construção de aceiros, preservação das nascentes e a segurança na área. O impacto do esgoto do Complexo Penitenciário foi também abordado, sendo este assunto muito discutido em plenário em diversas ocasiões. Para alguns vereadores, a reconstrução do Parque, como no passado, é inviável no momento, tendo em vista a situação financeira do município e a proximidade com o Presídio.
 
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