Secretaria de Saúde detalha ações de combate às endemias em Ponte Nova
Raniely Saraiva durante a Tribuna Livre da Reunião do dia 10/12/2021 | Imagem: Mateus Dias/Câmara de Ponte Nova
Mais de cinco mil sacos de lixo com potencial para proliferação do mosquito transmissor da dengue e outras doenças foram recolhidos em Ponte Nova neste ano. A informação foi dada pelo coordenador de endemias do município, Raniely Saraiva, que participou da Tribuna Livre da Reunião Plenária da última sexta-feira (10).
Há nove meses na coordenação dos trabalhos do setor, Raniely usou a tribuna para apresentar informações sobre as atividades de combate à dengue, zika, chikungunya, chagas e raiva, em Ponte Nova.
“Nós temos metas a serem batidas. [...] Nós temos seis ciclos do ano de combate às endemias, e esses ciclos são de dois em dois meses. [...] Nesse período em que eu estou, todas as metas estão sendo batidas. E, antes da minha pessoa também ser o coordenador de endemias, que era a Celeste anteriormente a minha pessoa, também”, disse. Ele ainda explicou que se o município não alcança as metas, deixa de receber recursos.
Poucos servidores
Atualmente com a campanha de vacinação contra a raiva em andamento, Raniely relatou que o setor está com falta de recursos humanos. “Eu estou ajudando na vacinação, nem era função minha, eu tenho que coordenar o serviço, mas estou ajudando, porque eu estou com déficit de funcionário. Já conversei isso com a nossa secretária de Saúde, já conversei com o prefeito e conversei com a nossa secretária de Recursos Humanos”, afirmou. Ele adiantou que a expectativa é que no início do próximo ano ocorra um processo seletivo.
O coordenador disse que são 36 funcionários, além de 15 profissionais que atuam no serviço de desentulho.
Casos de Zika
Raniely confirmou que Ponte Nova registrou cinco casos de zika. “Realmente, é verdade. Foram feitos os exames lá em Belo Horizonte e deram positivo os casos. Nós fizemos o combate – tranquilo – através do fumacê e nós eliminamos os focos”, afirmou.
Uso do fumacê
Motivo de dúvidas para muitas pessoas, o coordenador explicou que o recurso de bloqueio, popularmente conhecido como fumacê, só pode ser utilizado quando há notificação de dengue ou outra doença em determinado lugar.
“Uma garrafa de cinco litros do produto que a gente usa [...] custa mais de R$ 6 mil, e a gente tem que comprovar para o governo estadual e para o governo federal onde que nós estamos jogando esse veneno. Ele não pode ser jogado aleatório, porque ele mata o meio ambiente, ele mata abelha, mata outras moscas. Pode matar até passarinho”, informou.
“Precisamos da ajuda da população”
Ainda na tribuna, Raniely fez um apelo à população para que todos contribuam no combate às doenças. Ele também solicitou o apoio dos parlamentares para mobilizar as pessoas.
“Precisamos da ajuda da população. [...] Nós precisamos manter a nossa cidade limpa. Não jogue copinho em qualquer lugar, não jogue coisas para trás da sua casa. O caminhão de lixo passa é na rua!”, chamou a atenção. Ele também alertou que focos do mosquito Aedes aegypti são encontrados constantemente no município.
Após a explanação do participante, os vereadores tiraram dúvidas, apresentaram sugestões, comentaram sobre o assunto, parabenizaram a atuação do coordenador e agradeceram a apresentação realizada por ele.
O vídeo da Reunião Plenária do dia 10 de dezembro está disponível na página da Câmara no Facebook e no canal no YouTube.
A Tribuna Livre é um espaço destinado à população durante a reunião plenária. A participação acontece mediante inscrição prévia, via formulário eletrônico. Informações (31) 3819-3250.