Qualidade dos serviços do DMAES é questionada na Tribuna Livre

A Reunião Plenária da última quinta-feira (7) contou com a presença do cidadão Leonardo Michel Rocha Stoppa, que participou da Tribuna Livre. Ele falou sobre possíveis inadequações do Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento (DMAES) às normas vigentes.

Leonado relatou alterações na pressão da água distribuída pelo DMAES e a presença de terra nas caixas d’água. “O povo não sabe o que está acontecendo, mas muitas pessoas tiveram prejuízos. Prejuízos financeiros, porque gastaram mais água do que deveriam gastar, prejuízos na saúde, porque essa terra que entra para dentro da água misteriosamente ela, infelizmente, leva doenças, porque a mesma terra que traz a água tratada leva o esgoto”, afirmou.

Segundo Leonardo, as empreiteiras que realizam as obras em diversos pontos do município não estão protegendo as tubulações que distribuem a água, o que tem provocado a entrada de terra no sistema. O participante mostrou um vídeo que, de acordo com ele, demonstra a situação. 

Ele também contou que a elevação repentina na pressão da água provocou o aumento no valor da conta mensal para diversos consumidores. “Muitas pessoas, perdidas, não sabem o que está acontecendo. Elas só descobriram que, de uma hora para outra, uma conta veio R$ 500 porque um determinado dispositivo, como a boia do vaso sanitário, passou a vazar água por causa do aumento de pressão”, disse.

O participante pontuou que a análise qualitativa impressa nas contas é relativa à água tratada presente no início do sistema de distribuição, mas não em relação ao que chega aos consumidores.

O cidadão criticou o sistema de distribuição de água do DMAES e disse que o formato que está sendo implementado em Ponte Nova é desnecessário. “Ponte Nova está adotando um sistema extremamente complexo de distribuição de água, que está fazendo a utilização de bombas, que é uma situação para uma cidade totalmente plana. [...] A gente não consegue controlar adequadamente a pressão que chega nos tubos, a gente não consegue controlar adequadamente a quantidade de água, ele não é eficiente em termos de energia. [...] É muito mais barato você tratar a água, bombear essa água para uma caixa d’água localizada no morro mais próximo daquele local que vai ser distribuído, do que pressurizar a água nos canos”, avaliou.

Leonardo ainda disse que esse formato permite a entrada de ar na tubulação e a consequente cobrança indevida pelo DMAES. “Além da obra do faz e desfaz, a gente está vendendo ar para as pessoas, porque esse sistema de pressurização que a gente está usando com bombas injeta ar no meio da água”, afirmou.

O cidadão disse duvidar sobre os benefícios do departamento para a população. “Se a gente está escondendo da população que esses defeitos estão sendo causados pela autarquia, a autarquia, infelizmente, está promovendo o enriquecimento ilícito”, falou.

De acordo com Leonardo, o DMAES promove uma “extorsão mediante corte do fornecimento”, uma vez que o departamento não notifica formalmente o usuário sobre inadimplência e o corte, conforme determina a legislação.

Após a fala do participante, os vereadores André Pessata (PODEMOS), Dr. Wellerson Mayrink (PSB), Juquinha Santiago (AVANTE), Wagner Gomides (PV), Emerson Carvalho (PTB), Sérgio Ferrugem (REPUBLICANOS), Zé Roberto Júnior (REDE), Aninha de Fizica (PSB), Zé Osório (PSB), Fiota (PSDB) e Antônio Carlos Pracatá (MDB) agradeceram a presença do cidadão, tiraram dúvidas e se comprometeram a apurar a situação.

Assim como todas as sessões da Câmara, a reunião da última quinta-feira (7) foi transmitida ao vivo pela página no Facebook e canal no YouTube. O conteúdo é público e pode ser acessado por qualquer interessado com conexão à internet.

A Tribuna Livre é um espaço destinado à população durante a reunião plenária. A participação acontece mediante inscrição prévia, via formulário eletrônico. Informações (31) 3819-3250.