Produtor critica formato de manutenção de estradas rurais em Ponte Nova
A Reunião Plenária dessa quinta-feira (5) contou com a participação na Tribuna Livre do cidadão Francisco Emilio Trivelato. Ele falou sobre as condições atuais da zona rural, com foco na situação das estradas e os impactos na produção agrícola e na saúde.
Franciso relatou que a manutenção das vias não é realizada por uma equipe treinada para o serviço. Ele também disse que, em áreas habitadas, os motoristas estão passando em alta velocidade, gerando o levantamento de poeira e prejudicando a produção agrícola.
“De princípio é o seguinte: você tem que estabilizar o solo e diminuir a velocidade. São duas coisas prioritárias. Para estabilizar o solo você tem vários modelos. [...] Antes você joga água, você patrola e depois ou você joga o carvão vegetal ou calcário, depois você vem com o compactador e cunha o calcário no chão. Aí você consegue ficar dois, três meses sem levantamento excessivo de poeira e sem mexer na estrada”, disse Francisco.
Segundo o participante, os produtores têm aplicado um inseticida animal no cultivo dos alimentos para combater os insetos levados pela poeira levantada pelos veículos.
Ele ainda avaliou que a secretária municipal de Desenvolvimento Rural não tem conhecimento técnico para tomar as decisões corretas. “A Aline é uma ótima pessoa, é atenciosa, é a melhor que esteve lá até hoje, mas em compensação não tem conhecimento técnico nenhum. Ela se orienta pelos patroleiros. Os patroleiros não sabem nem patrolar. Operar máquina sabem, mas eles não têm noção nenhuma de estabilidade, de segurança, não têm noção nenhuma disso”, afirmou.
Francisco apresentou registros de mensagens de texto trocadas entre ele e a chefe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SEDRU). Nas conversas, o cidadão solicita a construção de redutores de velocidade nas estradas para amenizar o levantamento de poeira. O pedido não foi atendido, segundo a conversa, pois os servidores alertaram a secretária que as estruturas poderiam empoçar água pluvial.
“A retenção em lombada em qualquer lugar do mundo é feita justamente e também para regular o fluxo de água. Você a faz num talude mais alto, faz um bueiro, quebra a pressão dela e leva ela para o córrego, não assoreando. Quer dizer, o cara está totalmente desinformado no que ele está fazendo, ele é patroleiro, ele está ali para cumprir ordens, sabe operar a máquina bem, conservar a máquina, mas ele não é engenheiro de obras”, falou.
Franciso mostrou imagens de uma estrada para demonstrar que o patrolamento feito sem orientações técnicas pode trazer consequências. Também exibiu fotografias que mostraram a sujeira numa estufa e a necessidade de instalação de redutor de velocidade.
Ele citou os problemas para a saúde humana causados pela inalação da poeira e contou sobre acidentes que já ocorreram por conta da alta velocidade com que os veículos passam nas estradas.
“O que eu sugiro é que alguém faça igual estão fazendo em todo lugar: que tornem obrigatório onde tem casa residencial tem que ter redutor de velocidade e, se possível, se tiver verba, estabilizar o solo. Fora isso, vai gastar muito mais com saúde do que com outras coisas e não vai ter produção rural nenhuma”, disse.
Após a manifestação do cidadão, os vereadores André Pessata (PODEMOS), Suellenn Fisioterapeuta (PV), Dr. Wellerson Mayrink (PSB), Emerson Carvalho (PTB), Antônio Carlos Pracatá (MDB), Wagner Gomides (PV), Guto Malta (PT), Zé Osório (PSB), Juquinha Santiago (AVANTE) e Fiota (PSDB) agradeceram a presença do participante e se propuseram a buscar soluções.
A Tribuna Livre é um espaço destinado à população durante a reunião plenária. A participação acontece mediante inscrição prévia, via formulário eletrônico. Informações (31) 3819-3250.
O vídeo da participação do cidadão Franciso Emilio Trivelato está disponível na página da Câmara no Facebook e no canal no YouTube.