Paciente denuncia precariedade do Programa de Ostomizados: “está largado”
Problemas no serviço de atendimento a pacientes ostomizados foram expostos durante a Tribuna Livre da Reunião Plenária da última quinta-feira (20). Marcelo Aparecido Ferreira Vieira participou da Sessão e relatou que o Programa, que funciona no Serviço de Assistência Médica Municipal de Urgência (Sammdu), “está largado”.
“Gostaria que a Casa pudesse nos acompanhar, ir ao Sammdu, ver como que o Projeto está largado. [...] Não existe Projeto de Ostomia! [...] No Sammdu, falta tudo. O Sammdu, ele só é uma coleta de bolsa. [...] Eu chego lá, eu escolho a minha bolsa, eu sei a bolsa que eu uso. Não são as pessoas que estão lá trabalhando que não são competentes para estar nos atendendo. [...] As pessoas que estão lá não são remuneradas e nem qualificadas para estarem fazendo esse processo”, afirmou.
Segundo Marcelo, que disse ser ostomizado há quase 20 anos, o Programa deveria ser composto por profissionais de diversas áreas. Entretanto, em Ponte Nova, isso não acontece. “Requer um estomoterapeuta, um enfermeiro chefe, um médico e uma psicóloga que faça o tratamento com familiares. E, infelizmente, esse Projeto nunca foi visto pela sociedade de Ponte Nova, pela Câmara Municipal, pelo prefeito, pela sociedade em si”.
De acordo com ele, o Programa atende a aproximadamente 150 pessoas em Ponte Nova, além de acolher pacientes de outros municípios.
Marcelo solicitou à Câmara que investigue e acompanhe a situação do Programa de Ostomizados. “Tem uma verba que vem para esse Programa. A gente não sabe de onde ela vem, como ela vem, como ela chega. [...] Espero que a gente consiga pegar esse Projeto e colocar em andamento com tanta vontade da Câmara Municipal e do prefeito em fazer o bem para a sociedade de Ponte Nova”.
O participante também relatou sobre desafios que enfrentou desde que passou a ser ostomizado e defendeu que o Município tenha um serviço eficiente para atendimento a esses pacientes. “Quando você tem um programa que ele assiste você, que o médico te acompanha, que o estomoterapeuta te acompanha, o psicólogo te acompanha, a tendência é você fazer essa reversão de retirada da bolsa de ostomia com um prazo mínimo de três a seis meses”, observou.
Após a explanação do participante da Tribuna, os vereadores o agradeceram a presença e as explicações sobre o assunto apresentadas. Eles também tiraram dúvidas sobre o tema e se colocaram à disposição para atuarem pela causa.
Durante a Sessão, ficou acordado que os 13 parlamentares vão assinar um Requerimento de informações à Prefeitura para que as condições do Programa sejam esclarecidas.
O vídeo da Reunião Plenária do dia 20 de fevereiro de 2025 está disponível na página da Câmara no Facebook e no canal no YouTube.
Tribuna Livre
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