Jornada de Debates aborda a Crise Hídrica
por Imprensa
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publicado
23/03/2018 15h55,
última modificação
02/09/2020 14h35
Discussões apontaram necessidades urgentes quanto ao desenvolvimento de políticas públicas de gestão dos recursos hídricos
A Câmara de Ponte Nova realizou em 22 de março, Dia Mundial da Água, a Jornada de Debates sobre a Crise Hídrica. O presidente da Mesa Diretora, Leo Moreira (PSB) fez a abertura das discussões passando a palavra ao vereador Chico Fanica (REDE) que presidiu a Jornada cujo objetivo foi buscar ações conjuntas de preservação de rios, lagos, do lençol freático e desenvolver políticas públicas de gestão dos recursos hídricos.
À mesa, Chico Fanica esteve acompanhado dos vereadores Montanha (MDB) e Fiota (PEN), da vice-prefeita Valéria Alvarenga, do Padre Ronaldo da Paróquia de São Pedro e do diretor do DMAES Anderson Sodré que expuseram sobre a crise hídrica e os caminhos que o município têm a percorrer para reverter a atual situação.
Acompanharam as discussões: ex-vereadores, vereadores da região, representantes de deputados, do Movimento Acorda Ponte Nova, do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), do Fórum Permanente da Bacia do Rio Doce (Província Eclesiástica de Mariana), do ITEV, da Emater, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, da APA, das Paróquias de Ponte Nova, alunos do curso de Administração de Empresas da Unipac.
Em ter os assuntos discutidos destaques para: construção e a gestão da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE); qualidade da água; construção de barraginhas; escassez de recursos naturais; existência de projeto preventivo ao período de seca; uso racional da água; concentração das chuvas e impermeabilização do solo; realização do Fórum Mundial da Água; gastos com a água no agronegócio; mobilização para a 3ª romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce, que acontece em 3 de junho; consequências do plantio de eucalipto e alternativas de produção; investimentos na área rural; revitalização de nascentes; potencial de pesca no Rio Piranga; controle de queimadas por meio da construção e manutenção de aceiros; coleta seletiva do lixo; maior transparência nas ações do CBH Piranga e revisão do Plano Diretor.
Os manifestantes foram: Geraldo Magela Guimarães Sobrinho (ex-vereador), Rodrigo Lombelo (Movimento Acorda Ponte Nova), o empresário Sérgio Pataro, Padre Antônio Claret (MAB), Helton Pimentel de Freitas (Fórum Permanente da Bacia do Rio Doce), o empresário André Rouglas, o cidadão João Martins Alves Costa, Marli Chaves (presidente da APA), o cidadão Alfredo Padovani, Paulo Roberto dos Santos (Paróquia de São Pedro) e Rafael Esteban (ITEV).
O diretor do DMAES Anderson Sodré destacou que ações em curto prazo não resolvem a situação, podendo ser feito de momento, a divulgação e a promoção educação ambiental. Com relação à ETE ressaltou que os R$ 21 milhões aprovados pela Câmara em 2014 seriam para a primeira fase da obra, como hoje, a ETE foi transferida para área onde se encontra a Granja Gravatá serão necessários R$42 milhões, devido à mudança no projeto. Anderson ainda destacou a falta de ações concretas por parte dos CBH Piranga e Doce e a responsabilidade do governo federal e estadual com o meio ambiente.
Os vereadores de Ponte Nova também ressaltaram sobre a necessidade de aceiros e controle de queimadas, o uso de agrotóxico, aquisições de máquinas, construção de poços artesianos, desperdício de água e preservação dos córregos, lagos, das lagoas do Passa Cinco e do Rio Piranga.
O coordenador de ensino da Escola do Legislativo Jaime Santos comentou algumas ações referentes à água no município citando que, quanto ao desastre da Samarco, Ponte Nova tem que ser incluída como área atingida como demonstrou estudos técnicos e a Campanha do Ribeirão Vau Açu. A Escola do Legislativo, por meio de criação de um Fórum Permanente, ficará à disposição para discussões e busca de ações concretas ao tema.
O áudio da Jornada de Debates sobre a Crise Hídrica está disponível, na íntegra, no portal pontenova.mg.leg.br
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