Coordenador da Defesa Civil fala sobre monitoramento de enchentes em PN

por Imprensa — publicado 07/02/2020 14h30, última modificação 08/10/2020 16h45
Cícero Gomides participou da Tribuna Livre dessa quinta-feira (6) e tirou dúvidas sobre o assunto com os vereadores

 O coordenador municipal da Defesa Civil de Ponte Nova, Cícero Augusto Cruz Gomides, participou da Tribuna Livre da reunião plenária dessa quinta-feira (6). Ele falou sobre o monitoramento das enchentes no município, atendendo a solicitação, por meio da Indicação Protocolada 36/2020, do vereador Montanha (MDB).

 

Cícero apresentou o percurso do Rio Piranga até a Usina Hidrelétrica (UHE) da Brecha e a chegada a Ponte Nova. Ele citou os afluentes, como o Rio Turvo Sujo, que desagua em Guaraciaba, pouco antes da UHE. Cícero explicou que o Rio Piranga atravessa a zona urbana de quatro municípios antes de Ponte Nova. “Nós temos contato com funcionários da prefeitura e, nas cidades que têm Defesa Civil, a gente também faz contato, e [eles] vão passando para nós o nível de água”, detalhou.

 

 

A vazão de água, em metros cúbicos (m³), na UHE da Brecha é o principal indicador. A 550 m³ as águas atingem as partes mais baixas de Ponte Nova (Rua Copacabana, próximo ao Banco Sicoob, atrás do antigo Tiro de Guerra). Segundo Cícero, quando ocorre essa vazão na UHE, gasta-se oito horas para que as águas cheguem a Ponte Nova. “Quanto maior a vazão lá, menos tempo nós temos aqui, mas pelo menos oito horas para tomar as providências nós temos”, explicou.

 

 

A 650 m³, as águas começam a atingir parte das vias públicas (Rua Independência, Rua Artur Bernardes, próximo ao Bando do Brasil). “Foi o que aconteceu neste ano, que nós chegamos a ter o volume de 662 m³”, observou. A 750 m³ as águas chegam a locais onde outras enchentes de grandes proporções já atingiram (como em 2008 e 2012).

 

 

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, o monitoramento também é feito nos ribeirões, cujo trabalho é mais difícil. “Nos ribeirões Oratórios e Vau-Açu, a gente tem contato com os municípios a montante e voluntários. Oratórios, por exemplo, nós temos mais de nove horas para avisarmos o pessoal de Ana Florência. Mas quem que fica monitorando junto com a gente? São pessoas que têm comércio em Ana Florência, moram em Oratórios e até mesmo pessoas do município de Oratórios”, afirmou.

 

 

“O monitoramento do Ribeirão Vau-Açu é muito mais complicado. Não temos cidades a montante, a cabeceira é bem próxima, o tempo dela é bem curto, e nós usamos do monitoramento pós chuva em locais estratégicos. É o que fizemos este ano: começou a chover muito, nós mandamos pessoas a montante do ribeirão”, exemplificou Cícero.

 

 

De posse das informações, o coordenador explicou como são feitos os alertas e alarmes. O alerta consiste quando se existe uma probabilidade de enchente, já o alarme quando se tem a certeza que ela ocorrerá.

 

 

Após a fala do coordenador da Defesa Civil, os vereadores fizeram comentários e perguntas. O vídeo completo da Tribuna Livre dessa quinta-feira (6) está disponível no Facebook e YouTube da Câmara de Ponte Nova.

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